Auditoria (Trabalho de Introdução a Contabilidade 3º Periodo)



FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO




ARIANA MATOS
GRASIANE TAVARES
JALES VINÍCIUS
LUCIANO NERY
ROGÉRIO SANTOS
SAMMILA SOARES








TEMAS CONTÁBEIS





















EUNÁPOLIS
2012








ARIANA MATOS
GRASIANE TAVARES
JALES VINÍCIUS
LUCIANO NERY
ROGÉRIO SANTOS
SAMMILA SOARES








AUDITORIA








Trabalho apresentado ao Curso de Administração das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito para a disciplina de Introdução à Contabilidade, sob a orientação do professor Ângelo Herzog.





EUNÁPOLIS
2012




SUMÁRIO

 INTRODUÇÃO..........................................................................................................04

2.  AUDITORIA...........................................................................................................05
2.1. Origem......................................................................................................05
2.2. Conceito....................................................................................................05
2.3. Objetivo.....................................................................................................06
2.4.Objeto........................................................................................................06

3. Princípios Éticos..................................................................................................07
3.1. Auto - Análise............................................................................................07
3.2. Imparcialidade...........................................................................................07
3.3. Sigilo profissional......................................................................................08
3.4. Bom Senso para Revisão.........................................................................08
3.5. Autoconfiança...........................................................................................08
3.6. Sentido objetivo........................................................................................08
3.7. Perspicácia nos exames...........................................................................09
3.8. Persistência..............................................................................................09
3.9. Caráter......................................................................................................09
3.10. Suspeita sobre conduta alheia...............................................................10
3.11. Informação qualificada............................................................................10
3.12. Espírito de independência......................................................................10
3.13. Conhecimento.........................................................................................11

4. AUDITOR...............................................................................................................12
4.1. Definição...................................................................................................12
4.2. Características..........................................................................................12
4.3. Requisitos.................................................................................................13
4.4. Rotatividade de auditores.........................................................................13

5. AUDITORIA EXTERNA.........................................................................................15

6. AUDITORIA INTERNA...........................................................................................17
            6.1. Definições e Finalidades...........................................................................17
6.2. A importância da auditoria interna............................................................17
6.3. A auditoria interna nas organizações........................................................18

7. VANTAGENS E LIMITAÇÕES..............................................................................20
7.1. Limitações da Auditoria.............................................................................20
7.2. Vantagens da Auditoria.............................................................................21

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................23

REFERÊNCIAS..........................................................................................................24

































 INTRODUÇÃO

Com intuito de compreendermos a Auditoria visto que é um elemento muito além do campo da área de Contabilidade, pois existe um vínculo com a Administração que tem o dever de apresentar demonstrativos contábeis e divulgar adequadas e esclarecedoras amostragens em relação ao desenvolvimento da entidade à opinião pública.
Analisaremos obras que teorizam essa ciência, que abrange desde o conceito até as limitações da Auditoria. Visto que um administrador deve apresentar dados informativos precisos a todos os colaboradores. E nada se torna mais objetivo do que compreender a auditoria como uma ferramenta para o administrador, ferramenta essa que contribuirá na confiabilidade da empresa perante a sociedade econômica e seus sócios.
Este trabalho foi elaborado como exteriorização a partir das inúmeras leituras e reflexões sobre Auditoria, visando entender sua importância e seu significado para a Administração. Pois nesse tempo de desenvolvimento econômico se faz necessário criar um campo frutífero dentro das organizações e para isso deve-se adubar a terra com bons colaboradores, supervisionar os processos e tudo isso integrado a uma boa auditoria periódica.
                                   “A filosofia da auditoria consiste em avaliar a política de sistema da empresa, em termos da adequação, comunicação, aceitação, aplicação e controle,se é necessária na situação, se contribui para atingir os objetivos da empresa, se permite assegurar a correta utilização dos recursos da empresa, tanto da natureza financeira, econômica e humana.”(CREPALDI. Auditoria Contábil, 2009, pg. 06)



2. AUDITORIA

2.1        Origem

  A auditoria surgia provavelmente no século XV ou XVI na Itália. Os precursores da contabilidade foram os italianos, não sem razão, visto ser o clero a essa época o responsável pelos principais empreendimentos estruturados da Europa moderna ou medieval. O reconhecimento oficial da pratica de auditoria também ocorreu na Itália (Veneza), onde em 1581 foi constituído o primeiro Colégio de Contadores, para cuja admissão o candidato tinha de completar aprendizado de seis anos como contador praticante e submeter-se a exame. Inicialmente, os trabalhos realizados como auditoria eram bastante limitados, restringindo-se, em regra, à verificação dos registros contábeis, com vistas à comprovação de sua exatidão.

2.2.        Conceito

Para mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, a contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é própria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livres e registros inspeções, obtenção de informações internas e externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade, aplicados de maneira uniforme.
 A administração de uma sociedade tem o dever de apresentar demonstrações contábeis e divulgações adequadas e esclarecimentos à opinião publica. O parecer dos auditores sobre esses demonstrativos é elemento fundamental na extensão que se traduz em sinônimo de confiabilidade às informações prestadas.
É preciso dirimir um mal-entendido de uma vez por todas. A auditoria não esta para substituir a função da administração da empresa; portanto, não deve prosperar o raciocínio de que há uma estrutura administrativa forte não é necessário o trabalho do auditor ou, contrario sensu, a empresa tem auditor porque sua estrutura é fraca.

2.3.        Objetivo

O objetivo dos exames das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, aplicados com uniformidade durante os períodos.

2.4.        Objeto

É o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais.  A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrativo, cujas informações mereçam confiança desde que possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes.







3.           Princípios Éticos

 A função de auditor deve ser exercida em caráter de atendimento de que o trabalho executado tenha e mereça toda a credibilidade possível, não sendo permissível que paire qualquer sombra de dúvida quanto á integridade, á honestidade e aos padrões morais desse profissional.
Assim sendo, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios éticos profissionais e qualificações pessoais que fundamentalmente se apoiam nas características abaixo.

3.1.     Auto- Análise

O auditor tem como função principal criticar o trabalho alheio. Para ser justo com os outros, ele deve sempre submeter à autocrítica. É muito fácil criticar algo que já foi feito, porem, quando o auditado estava decidindo qual alternativa a escolher, possivelmente, ele escolheu a melhor que lhe pareceu no momento, embora, posteriormente, ela possa ter se revelado inadequado.
 Ao prepara seus papeis de trabalho, o auditor deve anotar também as circunstancias ou as justificativas que levaram o auditado a optar pela alternativa sobre crítica.

3.2.       Imparcialidade

Ao reportar um ponto, o auditor deve fazê-lo com a razão, e não com coração. Isto é, deve ser imparcial evitando que sentimentos ou outras influências possam interferir na realidade dos fatos.

3.3.        Sigilo profissional
  Assuntos de natureza confidencial devem ser discutidos somente com pessoas autorizadas, em momentos e locais adequados. O sigilo é uma das armas mais importantes com que o auditor conta para obter êxito na conclusão do seu trabalho.

3.4.        Bom senso para Revisão/Sugestão de um Ponto

  O bom senso repousa em princípios, tais como:
·                     Tolerância dentro do que é justo
·                     Abandono de detalhes que não prejudiquem o todo;
·                     Serenidade e equilíbrio ao julgar;
·                     Atitude que o leve a ver as virtudes antes dos erros.

3.5.        Autoconfiança

Autoconfiança é geradora de posturas positivas. O auditor que não se sente seguro quanto a sua cultura, inteligência e experiência não tem condição de apresentar um bom trabalho.
Portanto, o auditor, ao sentir alguma insegurança deve fazer uma auto analise para descobrir qual é motivo do problema e, em seguida, procura soluções.

3.6.        Sentido objetivo

Tendo em vista que o trabalho do auditor é essencialmente analítico, pode acontecer dele se perder nos detalhes. Para evitar isso, o auditor deve se adestrar para ser objetivo. O excesso de minúcias, normalmente, prejudica o trabalho.
Uma forma de minimizar o problema é dividi-lo em tantas partes quantas forem necessárias, a fim de evitar a dispersão. O senso de objetividade se caracteriza por fazer com que a mente não se afaste do objetivo ao qual o auditor se propôs.

3.7.       Perspicácia nos exames

Outra característica necessária ao auditor é a perspicácia. Não bastam o preparo técnico e a cultura, se lhe faltar a perspicácia, à qual denominados “bola de cristal”.
 A capacidade de “penetração”, de “sagacidade” nada mais é do que a soma da experiência, humildade, curiosidade e motivação, voltados para um objetivo. A perspicácia não deve ser confundida com a desconfiança, que é péssima companheira, por levar o auditor a praticar seriam injustiças.

3.8.       Persistência

Nem sempre o trabalho do auditor produz resultados imediatos. A persistência em seguir um objetivo, mais cedo ou mais tarde, conduzirá o auditor a um resultado satisfatório. Inserir, sem desrespeitar os demais é uma medida eficiente, o volume dos trabalhos, a complexidade dos exames, os insucessos, nada disto deve abalar a sua persistência.

3.9.       Caráter

 Se alguma outra profissão permite ao profissional ter deficiências no caráter, a auditoria não permite. O caráter, como tem raízes na personalidade do individuo, não pode ser mudado. Ao decidir se tornar um auditor, é muito importante que o individuo se certifique de que seu caráter seja perfeito. Enquanto pode-se obter um desempenho profissional cada vez mais eficiente através de treinamento adequado, é praticamente impossível modificar ou melhorar o caráter de um individuo.
A repulsa à critica, a crença na infalibilidade do próprio julgamento, a excessiva benevolência consigo mesmo, a superficialidade, o desanimo perante tarefas mais árduas, as conclusões precipitadas são algumas das deficiências pessoais incompatíveis com o adequado exercício da profissão de auditor.

3.10.     Suspeita sobre conduta alheia

Algumas vezes, o auditor, no curso de seu trabalho, é levado a concluir pela existência de ocorrências irregulares que, não obstante ao esforço despendido, não chegam a se concretizar em prova material. O auditor não deve inserir em seu relatório observações relativas a fatos sobre os quais não esteja documentalmente qualificado para responder. Por outro lado, o trabalho não será perdido, pois fará parte de um “dossiê” ao qual, no futuro, poderão se adicionar outros elementos que surgirem, de forma a esclarecer, finalmente, o caso.
Suspeitas sobre conduta de alguém sem os indispensáveis elementos comprobatórios jamais deverão ser levantadas. Mesmo que possua todas as provas, o auditor deve tratar do assunto com comedimento e ponderação. O auditor jamais deve se valer de tais circunstâncias para se promover.

3.11.     Informação qualificada

 O auditor deve fundamentar o seu trabalho com a técnica profissional adquirida através de escolaridade apropriada e conhecimento baseado na experiência do trabalho. O trabalho desenvolvido segundo este padrão e mais valioso que a inserção de tópicos sensacionalistas, obtidos através de denuncias, promessas ou “tapinhas” nas costas.

3.12.     Espírito de independência
O fato de o auditor estar subordinado à cúpula hierárquica da organização não lhe tira a necessária independência, uma vez que esta é mais um estado de espírito que uma questão de separação organizacional.

3.13.     Conhecimento
Conforme comentamos no inicio deste tópico, auditor deve sempre estar disposto a aumentar o seu conhecimento, pois ele precisa ser um especialista em auditoria, porem, com uma visão generalista de todo o contexto que envolve uma organização empresarial. Em cada nova área de atuação, o auditor deve se preparar previamente para conseguir o melhor aproveitamento do seu trabalho.










4.    AUDITOR

4.1.        Definição

Auditor é o profissional que examina cuidadosamente com o objetivo de averiguar se as atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se estas foram implementadas com eficácia e se estão adequadas à consecução dos objetivos. O auditor pode ser externo ou interno. Atualmente, o auditor interno tem a função de fiscalizar os processos da organização, analisando os procedimentos para determinar quais são mais produtivos e adequados às áreas. Já o auditor externo tem como tarefa principal analisar e validar as contas e saldos de balanço. Além disso, distribui-se em várias ramificações: auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria contábil, etc.

4.2.        Características

É muito importante, na profissão de auditor, exercer as funções com honestidade, sempre de acordo com as leis e os interesses dos clientes. Além disso, outras características interessantes são:
·         Integridade;
·         Responsabilidade;
·         Confiabilidade;
·         Ser organizado;
·         Ser ético;
·         Ser flexível;
·         Ser dedicado;
·         Estar em constante atualização;
·         Gostar de cálculos matemáticos;
·         Postura crítica;
·         Segurança diante problemas;
·         Capacidade de lidar com o stress do trânsito;
·         Disciplina;
·         Comprometimento;
·         Honestidade;
·         Disponibilidade para viagens;
·         Ter conhecimentos básicos de informática.

4.3.        Requisitos

Para trabalhar na área de auditoria é preciso ter diploma de graduação de curso superior em Ciências Contábeis. O curso tem a duração de quatro anos e exige que o estudante goste de matemática. Entre as disciplinas do currículo, estão: análise de balanço, técnicas contábeis, estatística, contabilidade geral e comercial, direito tributário e auditoria. Além disso, é importante saber falar inglês. O profissional para exercer a profissão deve estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC de sua região). Os auditores que pretenderem auditar entidades de capital aberto e aquelas que operam no mercado financeiro sujeito ao controle do Banco Central do Brasil devem estar registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

4.4.       Rotatividade de auditores

O auditor independente, seja ele pessoa física ou pessoa jurídica, não pode prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo superior a cinco anos consecutivos, contados a partir da data de publicação desta Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de três anos para sua recontratação, conforme artigo 31 da Instrução CVM 308/1999.
Tal regra foi estabelecida para evitar que o relacionamento prolongado entre o auditor e a entidade auditada possa diminuir a independência e a objetividade na execução dos trabalhos.
O prazo de cinco anos estabelecido é contado a partir da data da publicação da Instrução, o que ocorreu em 19/05/1999, não alcançando o tempo pretérito.
Desta forma, as companhias abertas e demais entidades registradas na CVM, devem observar a contagem do prazo máximo de 5 (cinco) anos para a substituição de seus auditores independentes, tendo sido a data de 19/05/2004 o prazo limite para realização do 1º rodízio de auditores.
Para as companhias abertas e demais entidades registradas na CVM que contrataram seus auditores independentes em data posterior à 19/05/1999, à luz do entendimento do artigo 31 da Instrução CVM nº 308, o prazo limite para a aplicação da regra do rodízio será a data do 5º aniversário da contratação dos referidos auditores.


















5.  AUDITORIA EXTERNA

Surgiu como parte da evolução do sistema capitalista. Consiste no exame das demonstrações financeiras feitas com o propósito de expressar uma opinião sobre a propriedade com que elas apresentam a situação patrimonial e financeira da empresa e o resultado das operações no período do exame. No início, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares.  Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve necessidade de pesados investimentos por parte das empresas, o que obrigou as organizações a recorrerem a recursos de terceiros. No entanto, os futuros investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e financeira, a capacidade de gerar lucros e como estava sendo efetuada a administração financeira.
Como consequência, as demonstrações contábeis passaram a ter grande importância e, como medida de segurança, os investidores passaram a  exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e com competência para emitir sua opinião sobre essas demonstrações. Sendo exercida por Contadores Independentes ou equivalentes (Empresas de Auditoria), sua atividade é regulamentada pela Comissão de Valores.
 A auditoria externa é feita por um profissional totalmente independente da empresa auditada. O objetivo do auditor externo é emitir uma opinião (chamado parecer) sobre as demonstrações financeiras. Conclui-se que a auditoria externa não é realizada para detectar fraudes, erros ou para interferir na administração da empresa, ou ainda, reorganizar o processo produtivo ou demitir pessoas ineficientes. Naturalmente, no decorrer do processo de auditoria, o auditor pode encontrar fraudes ou erros, mas o seu objetivo não é este.
Os principais motivos que levam uma empresa a contratar o auditor externo ou independente são:
·         Obrigação legal: As companhias abertas são obrigadas por lei;
·         Imposição de bancos para ceder empréstimo;
·         Imposição estatutária;
·         Imposição dos acionistas minoritários;
·         Para efeito de fusão, incorporação cisão ou consolidação;
Observe-se que o parecer deve ser emitido por um profissional, o mais independente possível da empresa auditada. Um banco, por exemplo, para conceder um empréstimo a uma sociedade, quer ter segurança de que as demonstrações financeiras apresentadas são confiáveis. O banco teria dúvidas caso a opinião fosse emitida por um profissional que tivesse vínculos com a empresa.
As demonstrações financeiras, que para as quais o auditor deve emitir seu parecer, segundo a Lei das Sociedades Anônimas são:
·         Balanço Patrimonial;
·         Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
·         Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos;
·         Demonstração do Resultado do Exercício;
A Lei das Sociedades Anônimas dá opção à empresa de elaborar uma das duas demonstrações financeiras: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.








6.           AUDITORIA INTERNA

6.1.       Definição e Finalidades

 Pode-se definir a auditoria interna como a atividade de avaliação independente dentro da organização, para a revisão da contabilidade, finanças e outras operações, tendo por finalidade desenvolver um plano de ação que auxilie a organização a alcançar seus objetivos adotando uma abordagem sistêmica e disciplinada para a avaliação e melhora da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos com o objetivo de adicionar valor e melhorar as operações e resultados de uma organização.
O objetivo geral da Auditoria Interna é avaliar e prestar ajuda a alta Administração e desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhes análises, recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas.

6.2.       A importância da auditoria interna

Com a expansão das atividades e dos processos, sentiu-se a necessidade de dar maior ênfase às normas ou aos procedimentos internos, diante do fato de que, de acordo com o crescimento das organizações, o administrador, ou proprietário da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente todas as etapas das diversas atividades de seu negócio.
O auditor externo ou independente, de acordo com a sua opinião, por meio de seu parecer sobre as demonstrações contábeis, passou a emitir um relatório-comentário, no qual apresentava sugestões para solucionar os problemas da empresa, detectadas no curso normal de seu trabalho de auditoria. Porém, o auditor externo ou independente, de acordo com a sua forma contratual de atuar, passava pouco tempo em suas visitas na empresa.
Desta forma, para atender a necessidade da administração das empresas seria necessário um auditor mais permanente, que pudesse executar sua atividade com maior grau de profundidade, conhecendo melhor as diversas atividades da empresa que estão relacionadas com a contabilidade (controles internos, administração de estoques, administração de pessoal e administração dos processos, entre outros).  Attie (2006, p. 52) explica que: A importância que a auditoria interna tem em suas atividades de trabalho serve para a administração como meio de identificação de que todos os procedimentos internos e políticas definidas pela companhia, os sistemas contábeis e de controles internos estão sendo efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos.

6.3.        A Auditoria Interna nas organizações

O mundo dos negócios é dinâmico, as mudanças se processam em todos os setores sociais e econômicos. A globalização da economia e o surgimento de mercados comuns fazem com que a Auditoria Interna deixe de ter uma função com conotação Policialesca e Repressiva para ter uma função de assessoramento à Alta Administração e Gestores para o cumprimento da missão empresarial e, para isso a Auditoria Interna precisa estar preparada e com suporte adequado para que possa cumprir sua missão com eficácia e eficiência.
Empregada como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos Empresariais, a Auditoria Interna estará contribuindo com seu trabalho de forma eficaz na condução dos negócios pelos Gestores.
Neste cenário, a Auditoria Interna desempenha um papel de importância fundamental para as empresas quando identifica Riscos e falhas de Controles em seus trabalhos.
Os resultados do trabalho da Auditoria Interna, além de se constituírem em algo precioso para a tranquilizacão dos Gestores do alto comando, fornecem recomendações corretivas e preventivas à exposição da organização face aos riscos empresariais que podem ser de natureza; sistêmica, operacional, financeira, tecnologia da informação, recursos humanos, mercadológicas e de fatores externos que podem impactar os resultados e estratégias globais da empresa.
Assim, adicionalmente, o trabalho eficaz da Auditoria Interna libera os Gestores para a condução e o gerenciamento dos negócios, permitindo-lhes exercer com segurança o processo decisório sobre as importantes transações Empresariais.
















7.    VANTAGENS E LIMITAÇÕES

7.1.        Limitações da Auditória

Embora possa ser a auditoria considerada instrumento indispensável de controle na moderna administração de empresas, não se deve interpretar com exagero suas funções, tomando-a como órgão de supervisão geral da empresa em substituição á própria administração.
Não obstante suas limitações, a auditoria contábil muitas vezes se vê obrigada a sair do âmbito meramente contábil para testar controles e fatos extracontábeis, para certificar-se da exatidão dos registros efetuados.
Não se pode também julgar que a auditoria contábil torna impossível á existência de erros e fraudes na escrituração ou nos atos da administração, mas deve se admitir que ela apenas reduz  essa possibilidade. Para que sua eficiência fosse total, seria necessário que procedesse á revisão integral de todos os registros da empresa, bem como se fiscalizassem todos os atos de seus funcionários e administradores, o que é impraticável.  A revisão integral dos registros não impede a existência de fraudes, pois essas podem decorrer de fatos não contabilizados.
Devido ás limitações inerentes á auditoria, existem risco inevitável de que distorções relevantes resultantes de fraudes e, em menor grau, de erro possam deixar de ser detectados. Caso se descubra posteriormente que, durante o período coberto pelo parecer do auditor, exista distorção relevante não refletida ou não corrigida nas demonstrações contábeis, resultante de fraudes e/ ou erro, isto não indica que o auditor não cumpriu as normas de auditoria independente das demonstrações contábeis. O que vai determinar se o auditor cumpriu essas normas é a adequação dos procedimentos de auditoria adotados nas circunstancias e de seu parecer com base nos resultados desses procedimentos.
Embora a existência de sistemas contábil e de controle interno eficaz reduz a probabilidade de distorção das demonstrações contábeis resultante de fraude e/ ou erro, sempre irá existir algum risco de que os controles internos não funcionem como planejado. Além disso, qualquer sistema contábil e de controle interno pode ser ineficaz contra fraude que envolva conluio entre empregados ou cometida pela administração. Certos níveis da administração podem estar em condição de burlar controles que previnam fraudes similares por partes de outros empregados; por exemplo, instruindo subordinados para registra transações incorretamente ou oculta-las, ou sonegando informações relativas a transações.
As limitações do controle interno são, principalmente, com relação a:
·         Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa;
·         Instrução inadequada dos funcionários com relação às normas internas;
·         Negligencia dos funcionários na execução de suas tarefas diárias.
Em virtude dos pontos acima relatados, mesmo no caso de a empresa ter um excelente sistema de controle interno, o auditor deve executar procedimentos mínimos de auditoria.

7.2.       Vantagens da Auditoria

A vantagem da auditoria interna e a existência, dentro da própria organização, um departamento que exerça um permanente controle-prévio, concomitante e consequente-de todos os atos da administração (FRANCO 2001). Por tanto, ter uma auditoria interna, em tempo integral, levantando informações, examinando e confirmando é, sem dúvida, muito benéfico para a empresa. Sobre tudo pelo fato de que os controles da auditoria interna não serão aplicados somente para os eventos passados, mas também para os eventos que virão e para os que estão acontecendo no momento.
Para a administração da empresa a auditoria oferece as seguintes vantagens:
·         Fiscaliza a eficiência dos controles internos;
·         Assegura maior correção dos registros contábeis
·         Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis
·         Dificulta desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas;
·         Possibilita apuração de omissões nos registros das receitas, na realização oportuna de débitos;
·         Contribui para obtenção de melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira das empresas;
·         Aponta falha na organização administrativa da empresa e nos controles internos.
·         Para os investidores (titulares de capitais), oferece as seguintes vantagens:
·         Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis;
·         Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira das empresas;
·         Assegura maior exatidão dos resultados apurados.
·         Para o fisco, a auditoria oferece as seguintes vantagens:
·         Permite maior exatidão das demonstrações contábeis;
·         Assegura maior exatidão dos resultados apurados;
·         Contribui para a maior observância das leis fiscais.
Para a sociedade compreendendo os trabalhadores e toda população, direta ou indiretamente relacionada com as empresas que atuam no país, a auditoria oferece as seguintes vantagens:
·         Da credibilidade ás demonstrações contábeis dessas empresas;
·         Assegura a veracidade das informações das quais dependerá a tranquilidade quanto a sanidade das empresas e a garantia de empregos;
·         Informa, através das demonstrações contábeis do conjunto das empresas, o grau de evolução e solidez da economia nacional.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, as primeiras ideias contidas no pensamento foram ampliadas, para que as ligações com o limitado fossem cortadas sem demora. A auditoria passou de uma palavra direcionada pelo orientador como, tema de trabalho acadêmico para um conceito, teoria e prática eficiente na administração de empresas.
Fomentando as análises feitas, podemos julgar que os empresários necessitam do maior número de informações, e a Auditoria possibilita essa informação clara e objetiva, livre de vícios e interesses, agindo com um parecer completo, informativo que contribuirá para mudanças e continuidade de processos dentro da entidade.
E claro que este estudo tem caráter limitado, seria necessários estudos aprofundados e acompanhados de estudo de campo para entender a auditora como um todo, externa e internamente, por hora ficamos com a teorização da mesma, pois essa já contribui com o nosso curso. Deixando claro que o papel desse trabalho é abrir o leque sobre esse assunto, desmitificando o conceito errôneo sobre auditoria.
Por fim estamos diante de um assunto extenso, que deve ser valorizado e acatado pelos usuários econômicos, como forma a integralizar o sistema financeiro e econômico.
"Não existem empresas sem falhas, existem empresas bem ou mal auditadas e ou mal controladas." (STEPHEN KANITZ)






REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti de.  Auditoria: um recurso moderno e  completo. São Paulo: Atlas, 1996.

ATTIE, William. Auditoria - Conceitos e Aplicações. São Paulo: Atlas, 1999.

ATTIE,Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. Ed. São Paulo, Atlas, 1998.

CRCSP. Normas da Profissão Contábil. 1998.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. – 5° ed. – São Paulo: Atlas, 2009.



FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2001.

GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria de negócios. São Paulo: Atlas, 2000.

IBRACON. Controles Internos Contábeis e alguns aspectos de auditoria.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimento: teoria e 950 questões. - 9°ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

JUND,Sergio. Auditoria: conceitos, normas técnicas e procedimentos. 5. Ed. Rio de Janeiro, Impetus, 2003.

MARTINS, Luís de Oliveira [et al]. Curso básico de auditoria. – 2°ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

MAUTZ, R. K. Princípios de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2001.

Outros autores: André Diniz Filho, Paulo Sávio Lopes da Gama Alves, Mariete Bezerra Gomes. São Paulo: Atlas, 2000.


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